Eis aqui o livro Ponte entre Oriente e Ocidente, de Maria Imaculada Martins Ishibashi, sob cuja ponte desliza um regato de águas murmurantes e cristalinas, no qual naveguei e desemboquei no vale do lirismo. Acima de tal ponte - despertada de longo recesso - trafegou minha nave do amor, em vôo sereno pelo espaço da emoção incontida. Em cima desta passam os trilhos da ferrovia que faz conexão entre o sonho e a realidade, e a bordo do trem que silva saudoso, eu segui gostoso. Embriaguei-me com os dulçorosos licores que me foram dados a sorver em cada uma das vinte estações que completam o trajeto... e quanto mais me entreguei à embriaguez, mais me convenci de que viver e amar é preciso. Em uma das muitas delicadas taças que me foram ofertadas, pude libar preciosidades, como esta: todos os dias são dias para se cultuar o amor, seja em que circunstância for, e como esta outra: amor, o mar não separa, a terra não limita. Enfim, cruzar esta ponte me fez muito bem. Cruze-a você também! Gê Moraes