"Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma". A frase famosa de Lavoisier bem inspirou o novo livro de Salizete. Tudo vira outra história, jeito poético para falar da renovação constante na natureza, é construído através do advérbio Cadê. Usando vários recursos das figuras de linguagem, Salizete constrói a narrativa partindo da origem para o produto: a semente que se transformou em árvore; a lagarta que antecedeu a borboleta; o ovo que virou passarinho; o trigo que fez o pão... E encerra com um desfecho sobre o grande mistério da vida e da morte: "Cadê o meu avozinho, de bengala e de chapéu?/ Virou uma estrelinha e foi morar lá no céu". Mantendo sua capacidade de síntese, Salizete se confirma como poeta em versos justos, sob medida, sem nada mais nada menos, construindo um texto cheio de metáforas e de mensagens. E o que é mais importante para os pequenos: sem se enroscar no léxico.