Este livro confere centralidade à noção de símbolo, o que remete aos espaços públicos onde a presença da religião mobiliza esferas e posições para além dela mesma. Dedica-se ao mapeamento dos agentes envolvidos sem restrições (incluindo os próprios símbolos), à importância conferida aos debates e neles à própria questão da natureza dos símbolos, permitindo escapar à essencialização do que seja religião. E a partir desse foco - que se mostra nas mãos do autor extremamente rico - torna-se possível vislumbrar as transformações societárias que vão se dando de um modo original e produtivo, abordando, por exemplo, as questões associadas ao chamado processo de secularização e às reconfigurações do campo religioso de maneira surpreendente e complexificadora.