Houve um tempo em que o mais importante era o ser. E, nesse tempo, havia tempo... Tempo para os encontros, para as rodas de prosa, para as reuniões de família. Tempo para parar e contar histórias, e ouvir histórias. Tempo em que se acreditava em Papai Noel, cegonhas, fadas e duendes. Tempo para receber visitas, brincar, sorrir, criar. Tempo para fazer amigos, amar, rezar, sonhar e construir... Tempo de ser unidade para enfrentar e vencer desafios. Numa corrida incansável, desenfreada e complexa em busca do ter, o homem perde a verdadeira essência de sua vida. O mundo está carente... Carente de Deus, de amor, de fé... É preciso retroagir, voltar no tempo, fazendo da memória uma conselheira, talvez como aquela nossa primeira professora, cujo nome geralmente não esquecemos. E, sob sua pedagogia, voltar a sentir o prazer, a alegria, num jeito simples de ser feliz. Ainda há tempo...