A obra entra no universo das crianças, na realidade da sua existência, enquanto ser escolarizado ou afastado da escola, através do trabalho infantil, da pobreza ou do abandono. No varrer do olhar por essa realidade, quer através das estatísticas, das etnias e do seu quotidiano, das brincadeiras infantis, o confronto entre a vida nas grandes cidades e no interior, a contextualização política e social, os currículos com os ritmos que instauram, o elenco dos materiais que equipavam as escolas, a arquitetura na relação que mantém com a organização pedagógica do espaço e os métodos de ensino das aprendizagens básicas está, do nosso ponto de vista, o interesse principal deste trabalho. Abandonando uma visão circunscrita e linear aventura-se na complexidade do real para tecer a urdidura em que escola e criança se encontram e desencontram, ontem como hoje.