É o que demonstra revendo o processo histórico que precede e explica a Independência dentro do amplo quadro da revolução burguesa e do desenvolvimento do capitalismo. Detém-se na supremacia econômica e política da Inglaterra sobre Portugal, que tem no Tratado de Methuen um de seus pilares, até chegar aos desdobramentos deste domínio no Brasil e à opção das classes dominantes locais, latifundiárias e escravistas, por uma autonomia política que não ameaçasse as estruturas de propriedade e poder, a fim de salvaguardar, em suma, a própria hegemonia. Mesmo este grande concerto de interesses, contudo, não bastou para evitar graves riscos de retrocesso político, como mostra o historiador na reavaliação do período regencial, que encerra o livro