Diversas regiões do cérebro realizam atividades involuntárias, que os neurocientistas chamam de divagação da mente. Do sonho acordado ao monólogo interior constante, passando pela ruminação do passado e pelas preocupações com o futuro, toda essa comoção interna não apenas afasta nossa atenção do presente como diminui a qualidade de nossa experiência, piorando nosso humor e contribuindo para potencializar a ansiedade e a depressão. No entanto, nada disso é por acaso. O ato de divagar desenvolve nosso senso de identidade, porque é nesse momento que tentamos entender o que os outros estão pensando e buscamos associações que nos ajudem a interpretar o que está acontecendo em nossas vidas. Esse passeio da mente pode ser positivo ou negativo: por um lado, ficamos tão imersos em considerações sobre o passado e previsões sobre o futuro que nos desconectamos do presente. Por outro, quando nos tornamos mais conscientes do que acontece em nossa mente, podemos aprender a [...]