As políticas de ação afirmativa que passaram a incidir na educação, mercado de trabalho e concursos públicos resultaram de pressões exercidas pelo Movimento Negro, sobretudo a partir da década de 1950 quando da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) concluíram que o racismo era um dos substratos das desigualdades do país. O livro que ora apresentamos aos leitores possui, pelo menos, tripla inserção. Por um lado, vincula-se às transformações ainda em curso no interior da sociedade brasileira que passa a imprimir o acento do reconhecimento da diferença étnico-racial no âmbito da institucionalidade democrática. Por outro, é resultado direto das inflexões das políticas educacionais que foram responsáveis pela criação da Secretaria de Educação a Distância, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi). Por fim, este livro é fruto do Edital Uniafro do Ministério da Educação; edital no qual o Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Raça e Alteridade foi contemplado com recursos para a formação de professores. Neste livro reunimos parte destas contribuições.