Obra de estreia da escritora Rebeca Xavier, trata do íntimo do individuo que busca, daquele que percebe a si e o mundo à sua volta. Os contos tratam de contemplações e de rememorações que dão enfoque aos estados sempre mutantes desse ser, o qual interioriza o mundo e o traduz em elementos do cotidiano (uma janela aberta, um café, uma obra de Nietzche). Nisso, o leitor é levado a adentrar-se em sua própria decodificação da realidade, em sua "automarginalização" do ethos (o afastamento de si mesmo das regras da exterioridade, para uma percepção de ambos), em sua morada mais íntima, que é aonde chega a literatura de Rebeca.