Neste livro, Jean-Marie Guyau discute o futuro das religiões como uma paulatina dissolução de seus dogmas em nome da construção de "uma moral cósmica panteísta". Para ele, um mundo em contínuo progresso material e científico tenderia a substituir os fanatismos e as intolerâncias que geram as dissensões e as guerras religiosas. A irreligião do futuro não afirma o fim das religiões, mas dos dogmatismos, abrindo a perspectiva de uma relação real entre o homem e o mundo, já que, livre dos preconceitos nascidos da ignorância, o homem se daria conta de que é parte de um todo maior, parte da natureza, parte da vida - essa mesma vida que, tal como Nietzsche, Guyau não parou de afirmar e de exaltar, mesmo quando, ainda jovem, descobriu-se perto da morte.