Desejoso de reafirmar seu poder sobre o abalado reino da ilha de Creta, o rei Minos pede a Poseidon, rei dos mares, que faça surgir das águas o Touro mágico, símbolo da fecundidade, para que seu reino volte a ser rico e produtivo prometendo sacrificar o animal, assim que seu intento fosse concretizado. Poseidon atende ao seu pedido, mas Minos fascinado pelo touro, não cumpre sua promessa, mantém o animal prisioneiro junto com seu rebanho, sacrificando em seu lugar um touro comum. Confia a guarda deste ao seu sobrinho Dioniso, um jovem e sonhador poeta que é obrigado a trabalhar como escravo para o tio. Dioniso é apaixonado pela bela e rebelde prima Ariadne, filha de Minos. Certo dia, já cansado e contrariado, Dioniso se irrita e começa a agredir o touro que por sua vez, tomado pela sede de vingança e instigado por Poseidon, ataca Dioniso e o devora. Dessa mistura de homem e animal, surge o Minotauro, um monstro meio homem, meio touro. Esse novo surgimento do Minotauro que difere da narrativa original, propõe uma releitura para a lenda, onde conceitos absolutos como o Bem e o Mal, o Forte e o Fraco são repensados, convidando o leitor para um mergulho reflexivo sobre a medida da interferência dos laços sociais e familiares na construção de um destino.