Jacquemort, psiquiatra, chega a casa de Angel e Clémentine, que está em final de gravidez. Jacquemort vai então ajudá-la a dar à luz três rapazes gémeos, Noël, Joël e Citroën, que, ao contrário dos irmãos, nunca grita. Angel está fechado em casa há dois meses pela mulher, que aceitou mal a gravidez. Só depois do parto é libertado. Jacquemort revela-lhe as razões que o levaram a este recanto aparentemente tranquilo. Ele possui uma capacidade de vazio e procura preenchê-la psicanalisando as pessoas e assimilando os seus sentimentos através de uma psicanálise "integral". Neste romance, Boris Vian revela um universo terrível, o dos desejos mais implacáveis, em que todo o amor esconde o ódio. Como escreveu Gilbert Pestureau, no prefácio à edição francesa, neste romance em que o número três desempenha um papel central, "os adultos são selvagens, ferozes ou infelizes, condenados à solidão, enquanto as crianças, cúmplices na magia, procuram secretamente a sua paixão de viver". Tudo isto numa "aldeia entorpecida na vergonha e na religião", onde "os trigémeos exploram o seu universo feérico enquanto uma mãe, que os ama demasiado, lhes reduz inexoravelmente o espaço".