Contra todos os inimigos (Against All Enemies), de Richard Clarke, best-sellers do The New York Times, intensificou o clima tenso que ronda os corredores da Casa Branca desde o 11 de setembro. Homem de confiança de vários governos americanos - chefe antiterrorismo de Bush na época e assessor dos governos Ronald Reagan, Bill Clinton e Bush pai - Clarke relata os acontecimentos daquele dia na Sala de Crises da presidência e acusa Bush de pressiona-lo para que encontrasse uma ligação entre os atentados e o Iraque, ignorando a conclusão das agências de inteligência sobre a inexistência de tal conexão. Em cenas descritas pela primeira vez, ele narra seus esforços para chamar a atenção de Bush para bin Laden e o perigo da al Qaeda, assunto sobre o qual é especialista. Acompanhamos, então, passo a passo, seu crescente desapontamento diante das desastrosas decisões de Bush. Uma visão reveladora a partir de dentro da cúpula do poder. Desde o lançamento do livro nos Estados Unidos, foi iniciada uma campanha difamatória da imagem de Clarke, movida pela Casa Branca com apoio da imprensa americana, mas quem tem sofrido os efeitos do golpe é o próprio Bush. As denúncias, agora publicadas no Brasil pela W11 Editores, são as responsáveis pela queda nos índices de popularidade e aprovação à forma como Bush conduz a administração do País e o combate ao terror, como comprovou pesquisa feita pela revista Newsweek..