Como pode ser que, em sociedades reconhecidamente famosas por sua hospitalidade e simpatia, encontremos não raro as formas mais mesquinhas de indiferença burocrática às necessidades e sofrimentos humanos, ou que, em regimes democráticos designados para beneficiar todos os cidadãos, grupos inteiros de pessoas sofram com uma insensível negligência? Essas são as questões que se agrupam em torno do tema deste livro. Elas podem ser resumidas mais genericamente: Como entidades políticas que celebram os direitos de indivíduos e de pequenos grupos podem, frequentemente, parecer tão cruelmente seletivas na aplicação de tais direitos?