Os caprichos da história não permitiram que o brasileiro Mário de Andrade e o húngaro Béla Bartók trocassem idéias. Mal sabiam que executavam proezas paralelas: através da arte e de incansável pesquisa musicológica, mergulharam no folclore, inaugurando novas visões de nacionalidade, propondo a universalização do regional e fazendo vanguarda com o popular. Ao promover um virtual e inevitável encontro entre ambos, Elizabeth Travassos demonstra que mandarins milagrosos sempre renascem, incólumes e revelando insuspeitadas riquezas.