Pagu foi sem dúvida um símbolo de força, luta e de desejo por dias melhores. Inspiradora de modernistas, provocante e provocadora, sua biografia não poderia faltar na coleção Jovens sem fronteiras da Nova Alexandria: por isso, a editora acaba de lançar o volume A Jovem Pagu, de Maria José Silveira que narra a trajetória da infância e juventude desta grande personagem. Patrícia Rehder Galvão, foi poeta, militante, desenhista e escritora. Buscou na sua juventude a satisfação de seus desejos como mulher e como ativista política. Defendeu o comunismo numa época de perseguição, apaixonou-se por Oswald de Andrade, quando este era casado com Tarsila do Amaral e declamou poemas na Semana de Arte Moderna de 1922. Neste livro, estão as principais atividades de Pagu: seu contato com a música, o modo ousado de se vestir, os diálogos com a irmã mais nova, as formas que achava para se encontrar com os namorados e fugir da repressão dos pais, além de sua determinação para mudar o mundo. Foi Patsy na adolescência, Miss Boa, Mara Lobo, Solange Sohl - um novo nome a cada situação. Viajou para a Europa quando tinha 23 anos, conheceu importantes nomes do existencialismo francês, teve contato com o movimento revolucionário e aprendeu diversas línguas. Trouxe para a nossa política uma força feminina provocadora e, como se não bastassem seus textos recheados de revolta, ainda tinha tempo de confrontar com os estudantes de Direito da Faculdade de São Francisco. Uma biografia, envolvente e reveladora de uma figura fundamental no modernismo, que lutou, com veemência, para ter um país melhor. A história de Pagu é, sobretudo, um exemplo da força feminina no Brasil do século XX.