Nos mais de vinte anos desde a publicação deste livro pela primeira vez (Londres, 1976), a psicolinguística cresceu consideravelmente, tanto em popularidade como na quantidade de material escrito sobre ela. Cresceu como um jovem cuco, e está em risco de atirar para fora do ninho mais alguns interesses tradicionais. Ou, para pegar noutra metáfora, tem-se comportado como um vulcão em actividade, expelindo um crescente fluxo de lava de descobertas importantes que jorrou sobre quase todas as áreas da linguística e da psicologia. Felizmente que muitas das questões postas permanecem, embora se tenham dado muito mais respostas. É absolutamente impossível incluir todos os desenvolvimentos inovadores nesta edição revista. Todavia, o autor tentou delinear aqueles que parecem ser mais relevantes para os temas analisados neste livro. Todos os capítulos foram alterados, e alguns sofreram acrescentamentos e ou mudanças substanciais. Por exemplo, uma nova geração de "animais que tentam falar" ultrapassaram as proezas de alguns mais antigos, deram-se grandes passos em frente na compreensão do cérebro, mudaram as perspectivas sobre o "período crítico", as ideias de Chomsky continuaram a desenvolver-se, os computadores começaram a simular a aquisição do pretérito perfeito pelos mais jovens, os verbos passaram a ocupar o lugar central na aquisição da linguagem pelas crianças e na compreensão da fala. E assim por diante. O objectivo deste livro é o de permitir aos leitores manterem-se a par do que se vai passando neste domínio, no momento actual.