Se, antes da introdução das modernas técnicas de produção editorial, no final da década de 60, o sociólogo francês Robert Escarpit denominou o grande incremento do mercado editorial nos países desenvolvidos, em grande parte devido ao fenômeno do livro de bolso, "revolução do livro", o que dizer das transformações ocorridas nas duas últimas décadas na própria forma como o livro é produzido? Essas transformações foram tantas e tão diversas que seria o caso de falarmos agora de uma "revolução do livro". Esse foi um dos desafios enfrentados na atualização de obra tão importante quanto A construção do livro, de Emanuel Araújo.