O desafio de estudar a educação de Cuba é instigador, apresentando-se nas contradições que resultam das grandes mudanças no país, a partir da abertura econômica para o mercado financeiro, entendidas, paradoxalmente, como única possibilidade de resistência de um projeto socialista de Estado, após a queda do bloco soviético. Assim, a pedagogia imposta após a Revolução, cujos planos centralizados possibilitaram um alto controle, sofre as influências externas. Percebe-se um empenho em tentar acompanhar as novidades educacionais, ao mesmo tempo em que os valores revolucionários são constantemente reforçados. Entrevistas semiestruturadas, questionários e conversas informais com os professores acompanhantes e outras pessoas, além da utilização do método de observação direta, assim como o estudo de documentos, da legislação pertinente, de livros, artigos, programas de TV e visitas formam o quadro aqui apresentado.