Uma Amazônia urbana e moderna convive ao lado de outras Amazônias dotadas de traços específicos que as transformam em freqüentes pautas da mídia, com destaque para a televisão. Manuel Dutra discute neste livro o caráter de reiteração presente no elemento verbal dos programas escolhidos, mas um verbal que se insere no espetacular juntamente com a imagem em movimento, os efeitos de som e a participação de atores midiáticos estruturando conjuntos significantes. A Amazônia não é homogênea nem um vazio. Nela sobrevivem grupos aos quais a mídia, com freqüência chama de povos da floresta, às vezes povos da Amazônia. Para estes torna-se familiar a presença de antenas parabólicas, sucedâneas do rádio, tornando presentes realidades do mundo contemporâneo.