É preciso haver vida para tornar possível a morte. Sofreríamos menos se pudéssemos senti-la como algo natural. Nesta antologia de contos e histórias curtas, Domício Pacheco e Silva aborda algumas das muitas formas de encarar a morte. No conto que dá título ao livro, Em pleno dia se morre, ela surge com a imortalidade, simbolicamente representada pela tartaruga. Em outras narrativas, ela é assunto da discussão entre almas de outro mundo, é uma surpresa, um equívoco, uma libertação, uma vingança. Cada história tem um vínculo diferente com a finitude, um elo que pode ser alegre ou triste, calmo ou doloroso, imaginário ou real. Na sociedade ocidental, a morte ainda é uma espécie de tabu – o maior medo das pessoas. Na perspectiva deste livro, porém, ela é encarada como algo natural. Tão natural quanto a própria vida, que pode ser perdida a qualquer momento. Em pleno dia, inclusive.