Assistimos no Brasil a uma combinação explosiva para dificultar o trabalho policial: a facilitação de compra de armas de fogo pela população combinada com o afrouxamento de regras de controle. A defesa feita no livro não é em torno da proibição do acesso a armas e sim de sua regulação. A posse e porte de uma arma geram o que a teoria econômica chama de externalidade negativa, ou seja, ela afeta não apenas os indivíduos que decidem tê-la e pode gerar consequências negativas para quem está à sua volta. A geração de externalidades é o motivo central pelo qual o acesso a armas deve ser regulado. Portanto, não há justificativa razoável para não defender a adoção das medidas de controle listadas neste livro.