Procura-se entender como o racismo reemerge em novas formas depois de mudanças institucionais significativas, focalizando de maneira central as relações entre fazendeiros, imigrantes e negros no Oeste paulista após a abolição da escravidão. O livro argumenta que o racismo se internaliza no habitus do grupo dominante, que reflete e reforça instituições, redes sociais, rotinas de interação e representações racializadas. A análise se baseia especialmente na interpretação de sequências de interação conflituosa e nas histórias contadas sobre esses eventos por vários tipos de atores. Também explora processos ampliando as desigualdades, inicialmente pequenas, entre negros e imigrantes.