Se a Economia Solidária surgiu como reação ao desemprego, uma vez apropriada pelos trabalhadores, pode orientar novas maneiras de viver o trabalho, e a partir dali, ultrapassar os portões das fábricas e oficinas. Hoje são muitas as histórias das labutas de trabalhadores como Julieta e Terezinha, que sobretudo trabalham pela sobrevivência, mas que por vezes rompem esse horizonte e começam a redesenhar o tecido social em que se encontram, promovendo verdadeiras revoluções locais. Este livro é resultado de uma pesquisa de mestrado em Psicologia Social guiada pelo interesse em compreender justamente como se dá a experiência de erigir e viver o trabalho de modo participativo e democrático e como ela repercute na vida de seus sujeitos, os trabalhadores, tanto na esfera do trabalho propriamente dito, como no âmbito de suas relações familiares, comunitárias e citadinas.