Diamantina e Juiz de Fora na Belle Époque tropical constituem o objeto desta pesquisa. Um trabalho que percorre temas da história urbana, da história social, da história cultural e da história da imprensa colocando uma cidade como espelho da outra, e o Rio de Janeiro e Paris como o salão de espelhos em que ambas entraram e se deixaram encantar. Por meio das páginas da imprensa local, as elites diamantinenses e juiz-foranas têm seus anseios urbanos desvelados, perscrutados, criticados. O pesquisador revela as dificuldades e os limites que o processo de urbanização orientado pelos ideais de fin-de-siècle encontrou nas duas cidades. Os dilemas e as controvérsias que tiraram o sono dos redatores, muitas vezes seu bom-humor, são analisados com rigor, mas também com empatia. Afinal, o pesquisador nutre profunda admiração pelos homens e mulheres da Belle Époque brasileira, além de saber muito bem que os jornais são produtos históricos, feitos para atuar sobre a sociedade, influenciá-la, guiá-la.