Apesar de sua atuação efêmera, se comparada com outros movimentos político-culturais do século XX, os quinze anos de militância da Internacional Situacionista (IS) (1957-1972) provocaram ressonâncias múltiplas no campo da cultura até os dias de hoje. Das artes à crítica da cultura, passando pela arquitetura e pelo urbanismo, bem como pela crítica da vida cotidiana, a IS parece ainda estabelecer um campo de referências para diversas manifestações de re-beldia ao status quo capitalista em sua fase de espetáculo global. Embora as condições sob as quais surgiu o movimento IS já tenham se trans-formado muito ao longo dos últimos 50 anos, persiste, no entanto, seu vigor ideológico e a força criativa e revolucionária de suas propostas, que têm levado a inúmeras iniciativas de resgate das idéias situacionistas.