Palavras sem Fronteiras Sérgio Corrêa da Costa Kitsch, karaokê, workshop, femme fatale, apartheid, crème de la crème, siesta, ombudsman, savoir faire, mise en scène, tête-à-tête, abat-jour, guerrilla, habeas corpus, carpaccio, croupier, mocassin, allelluia, pizza, elite, stop, allegro e à la folie. Em qualquer lugar do mundo, estas palavras e expressões fazem sentido, praticamente dispensando tradução. Reunidas por Sérgio Corrêa da Costa no livro Palavras sem Fronteiras, integram um grupo de 16 mil vocábulos que viajaram por diversos continentes, resistindo ao tempo e às barreiras culturais. Obra única no gênero, Palavras sem Fronteiras, leva o leitor à instigante viagem pelo histórico desses vocábulos. E vai além: Qual seria a língua de maior influência sobre as demais culturas? O francês - aponta o autor -, com uma ligeira vantagem sobre o inglês. Corrêa da Costa assinala ainda que as palavras francesas de domínio global exprimem, quase sempre, uma abstração. Em contrapartida, o inglês exporta expressões de ação. É o que explica a predominância das marcas francesas na diplomacia e as anglo-saxãs no terreno do esporte, explica. O latim vem em terceiro lugar como fonte de termos que ouvimos por toda parte. Praticamente todo o mundo faz uso de termos como exit, status quo, habeas corpus e in extremis. Durante o rigoroso trabalho de pesquisa, o acadêmico e diplomata Sérgio Corrêa da Costa utilizou como fonte não apenas obras literárias, mas principalmente a imprensa internacional, num total de mais de uma centena de jornais e revistas pesquisados, originários de 15 países e escritos em oito diferentes idiomas. Ao todo, a obra mergulha em 46 línguas e fornece 16 mil vocábulos. Palavras sem Fronteiras recebeu prefácio de Maurice Druon, membro da Academia Francesa. Foi editada na França pela Éditions du Rocher e recebeu o Grand Prix 1999 da Fundação Prince Louis de Polignac.