Em seu livro de estreia, Bruna nos desenha o tempo do quase. O quase-humano está inteiramente nu diante desse mundo caduco. Um mundo que, por sinal, também é quase. Um mundo que parece ter perdido o bonde. Onde a tecnologia chegou mais rápido e engoliu seus retardatários – esses que só valorizam o que ficou para trás. Hoje, o tempo é da pressa e do preço. Queremos tudo, não temos nada. Queremos todos, estamos sós. Conectados por relações ilusórias, frágeis. As nossas solidões se procuram. As nossas companhias nos preocupam. Senta-te ao meu lado para assistirmos o mundo destruir-se, mais do que um verso, é um convite inusitado para assistir ao nosso fim de camarote. Bruna constrói seus poemas em cima da destruição. Ela sabe que é necessário colocar abaixo o que somos para reconstruir o que desejamos ser. Precisamos desnudar nosso tempo para vê-lo e vivê-lo com a roupagem que imaginamos no futuro. Febril, a modernidade respira com a ajuda de aparelhos, de gadgets, de smartphones. "Em seu livro de estreia, Bruna nos desenha o tempo do quase. O quase-humano está inteiramente nu diante desse mundo caduco. Um mundo que, por sinal, também é quase. Um mundo que parece ter perdido o bonde. Onde a tecnologia chegou mais rápido e engoliu seus retardatários - esses que só valorizam o que ficou para trás. Hoje, o tempo é da pressa e do preço. Queremos tudo, não temos nada. Queremos todos, estamos sós. Conectados por relações ilusórias, frágeis. As nossas solidões se procuram. As nossas companhias nos preocupam. Senta-te ao meu lado para assistirmos o mundo destruir-se, mais do que um verso, é um convite inusitado para assistir ao nosso fim de camarote. (...) POÉTIQUASE é cheio de referência. É uma reverência ao lirismo instantâneo. Nos conduz para qualquer lugar sem rumo e, de lá, nos redireciona para o território fértil da poesia: o destino de tudo o que é quase."