Dois amigos, Humberto e Murilo, realizam uma viagem de 1600 quilômetros para filmar um documentário acerca do trecho mineiro da Rio-Bahia (antiga BR-4 e atual BR-116). Antes e durante as filmagens, reúnem farto material, incluindo cópias de textos extraídos de livros, folhas manuscritas e datilografadas, recortes de jornais e revistas, registros de diálogos, impressos variados, bilhetes e anotações diversas, desenhos, fotografias e alguns outros itens. Foi este material, guardado em três caixas de papelão, que Humberto entregou a Fernando Fiorese em 2012, alguns meses após o trágico acidente que interrompeu as filmagens na altura de Além Paraíba e determinou que o documentário jamais fosse concluído. O romance Um Chão de Presas Fáceis é o resultado do trabalho de seleção e organização deste cúmulo de papéis e das histórias registradas no documentário.