Muitas pessoas têm o conceito de que a Justiça, com inicial maiúscula, serve para punir os indivíduos por seus malfeitos, a fim de que aprendam e não repitam os delitos. Além do encarceramento, que em si já é algo bastante punitivo, há pouca preocupação com as condições mais mínimas de vida dos apenados e presos, já que supostamente representam a escória da sociedade e ameaçam-na com sua presença. Não é a visão do autor das crônicas reunidas neste livro, que as escreveu com base em reflexões surgidas de seu dia a dia como juiz. Um livro para todos que se interessam pela busca de um mundo com Estado e Justiça preocupando-se não apenas em punir, mas em fazer por onde punir seja a última alternativa.