A extensa produção fotográfica do norte-americano Paul Strand (1890-1976) é pouco conhecida no Brasil. Porém, menos conhecida ainda é sua produção literária em que se registram pensamentos significativos sobre fotografia e arte em geral. Regina Maurício da Rocha conduz o leitor pelo pensamento de Paul Strand, mapeando os múltiplos referenciais teóricos que embasaram seus textos, sejam eles advindos da arte, da literatura, da filosofia, do cinema, da política ou da própria fotografia. Além disso, reconstrói a genealogia de alguns dos termos recorrentes no discurso de Strand e dos integrantes de seu círculo intelectual, dentre os quais podemos citar a tão propalada objetividade, meta de toda uma geração de fotógrafos de vanguarda, nem sempre bem compreendida. A autora pretende desfiar a poética fotográfica de Paul Strand, a partir da análise não só de suas fotografias e filmes, mas de suas referências literárias e filosóficas, seus escritos e os de contemporâneos com os quais dialoga.