Foram andando sem direção, e o instinto os levava para bem longe dali. Conversaram uma porção de assuntos, falaram muito mais do que era preciso. A vida estava lá fora, e as pessoas que passavam por eles estavam indo para qualquer outro lugar que não fosse aquele, e Rivoli pensava que poderia rabiscar qualquer coisa nos guardanapos, e queria mesmo encontrar um guardanapo para desenhar uma daquelas pessoas que passavam, só para registrar, já que se sentia feliz por estar do lado de fora, e mal por não saber o que o menino estava passando lá dentro há uns três dias; não queria mesmo imaginar. As pessoas passavam por eles sem deixar rastro, nem sequer uma lembrança fugaz.