No eterno jogo de luzes e sombras que espelham as paixões humanas, essas Noites que nunca terminam podem nos levar tanto às memórias de uma infância quanto a um país distante, como se fôssemos guiados pela própria deusa Nix. Arguto observador da natureza humana, Adir ben Kauss constrói suas narrativas com uma escrita ágil, direta e enxuta. Essa arte de dizer muito em poucas palavras acompanha uma tradição que vem de alguns de nossos melhores contistas, como Dalton Trevisan, Luiz Vilela e Rubem Fonseca. No mundo veloz e fragmentado de hoje, o gênero ganha ainda mais relevância, oferecendo uma multiplicidade de cenários, situações, conflitos e personagens que traduzem as emoções mais profundas e reverberam entre os leitores. [...]