Por que motivo Ovídio, o autor mais popular de sua época, foi banido para os confins do Império Romano? Por que apenas duas linhas da peça Medeia, tida como seu trabalho mais apaixonado e talvez o mais consumado, sobreviveram? Entre os detalhes conhecidos da vida do poeta e esses enigmas, Jane Alison interpôs um drama inesquecível de paixão e manipulação psicológica. De férias do Mar Negro, nos limites do Império, Ovídio encontra uma mulher quase saída de outro mundo, que parece personificar as criações fictícias de seu Metamorfoses, cuja publicação está próxima. Parte curandeira, parte bruxa, Xênia parece um mito que adquiriu vida. Ovídio fica encantado e obcecado - e, pela primeira vez em muito tempo, tomado de inspiração. Ele escolherá Xênia para modelo de sua obra-prima. Mas, desta vez, o tema será sombrio. À medida que os dois se enredam, o leitor é profundamente envolvido numa meditação criativamente encenada sobre o amor, o talento e a busca da imortalidade