No presente livro me propus a analisar como, no romance Americanah (2013), o sujeito mulher negra imigrante se identifica socialmente no intercurso entre culturas, ou seja, nas fronteiras entre duas nações, Nigéria e Estados Unidos, construindo e reconstruindo a si mesma, a partir do contato com seus costumes, práticas sociais e códigos linguísticos. Inicialmente apresento um panorama histórico acerca do contexto pós-colonial africano, com atenção especial aos movimentos de descolonização e independência na Nigéria, bem como um quadro teórico básico centrado nos conceitos de crítica feminista pós-colonial e literatura de autoria feminina em África. Uma vez que a especificidade das literaturas em língua inglesa produzidas nos diferentes países da África anglófona gera a necessidade de se constituírem novas perspectivas críticas, também, para os acadêmicos brasileiros.Em seguida, apresento a autora de Americanah, Chimamanda Ngozi Adichie, buscando discutir a sua posição no contexto [...]