A repercussão do livro Macunaíma, de Mário de Andrade, nos primeiros anos após sua publicação foi bastante modesta: o livro atingiu um pequeno universo de leitores, e sua fortuna crítica nos anos iniciais oscila entre os elogios e a condenação. Este livro analisa a recepção crítica da obra, tendo como limites temporais os anos 1928 e 1936, que correspondem ao período das três primeiras edições. Ivan Teixeira observa que o estudo tanto efetua quanto sugere a observação e a análise das consequências culturais de Macunaíma, entendido como obra cuja singularidade repercute decisivamente não só no discurso da crítica, mas também na arte, na política e na ideologia de seu ambiente cultural. O estudo revela as diversas categorias segundo as quais a obra foi lida no primeiro momento de sua existência como obra de arte e como intervenção cultural, procurando recompor o perfil das polêmicas do momento. O livro inclui ainda um anexo com o levantamento bibliográfico de Diléa Zanotto Manfio sobre a fortuna crítica de Mário de Andrade.