Escritor austríaco judeu, biógrafo de destaque, humanista, pacifi sta e crítico do nazifascismo, Stefan Zweig (1881-1942) refugiou-se no Brasil com a esposa, Charlotte Elizabeth Altmann, em 1940. Escreveu Brasil, país do futuro, livro no qual retratou o nosso país e interpretou o espírito brasileiro – o que rendeu ao Brasil, até hoje, o famoso apelido. Mas Zweig não viveu por muito tempo entre nós. Em 1942, foi encontrado morto ao lado da esposa em seu pequeno bangalô em Petrópolis. Fato que até hoje não se esclareceu completamente: suicidaram-se ou “foram suicidados”? Não houve autópsia – sob a alegação de não incomodar os mortos. A história social e política da época não deixa dúvidas de que havia razões para um assassinato. Mas Zweig deixou uma carta de despedida justifi cando-se: “quando alcanço 60 anos de idade, seriam necessários esforços imensos para reconstruir a minha vida, e a minha energia está esgotada pelos longos anos de peregrinação...” Afi nal, o que ocorreu naquela noite?