A obra fala de amor, saudade, esperança. Mas também fala da cidade, da morte, de sentimentos como abandono, dúvida e medo. Seus poemas trazem uma forte carga, por vezes sutil, de crítica social. Usando a pontuação para provocar a reflexão, o autor diz que "O texto exige a exclamação em um dado momento. Senão, fica morno, morto". Os faróis de Anita é uma leitura que causa interrogações, que nos cria rugas na testa, nos faz coçar o queixo e pensar. Afinal de contas, parece impossível não cair em profunda meditação - e deslumbramento - diante de frases como "Existir todo dia dá muito trabalho e paga pouco", ou "Toda a lembrança é pouca se houver tanta noite antes das manhãs". Que as manhãs continuem encontrando o poeta em sua mesa de trabalho. Assim teremos sempre mais para refletir