Bioética não é confortável. Confortável são os costumes e os hábitos. A bioética aponta incoerências e questiona costumes, alguns nos quais antes sequer havíamos percebido que havia um por quê de fazer daquele jeito. Desde os primeiros relatos de Ética de que temos notícias, desde a época de Sócrates (o filósofo, não o jogador, que por sinal, também questionava), estas perguntas têm feito seu papel de trazer novas reflexões, novos debates, novos diálogos, novos consensos e entre trancos e barrancos, a despeito das injustiças e das tragédias, ao longo dos séculos seguimos com uma melhoria discreta e contínua na nossa história como sociedades. Nem sempre com momentos felizes. Vide a história do próprio Sócrates. Mas penso que é assim mesmo, nossa história não é só feita de momentos felizes. E às vezes, são justamente os momentos de desconforto, de tristeza, de injustiça, que nos mostram quem realmente somos. Pelo quê vale a pena lutar, questionar, enfrentar. Quem são as pessoas que(...)