A proposta desta obra de nenhum modo colide com o vi-goroso pensamento filosófico ou da ontologia cristã, que parte do ser de Parmênides, atinge o ponto mais alto na filosofia do ato de existir, do Esse e dos esse de Santo To-más com a assunção da doutrina da criação e se manifesta novamente no esforço de Hegel para levar a representação religiosa para a ideia do Espírito absoluto. A questão que se coloca é aparentemente simples: Existe um objeto absolu-tamente inteligível (na rigorosa separação do tò aisthetón e to noetón), ao lado do ser enquanto tal e do Ser Supremo? Em consequência, existe uma ciência autônoma a cuidar desse objeto, ao lado da Ontologia e da Teologia? O objeto existe: o pensamento enquanto tal e a ciência a estudá-lo é a Metafísica (stricto sensu) ou, se se quiser um conceito de raiz etimológica, uma noologia, que expõe o pensamento no modo do lógos, depois de conhecê-lo no modo do noûs.