Um menino-prodígio húngaro se encanta com o tear mecânico que o pai, um rico banqueiro judeu, mostra em casa para a família. A máquina é capaz de produzir tapeçarias automaticamente a partir de cartões perfurados, e o menino percebe que qualquer padrão, fosse natural ou artificial, poderia ser decomposto e traduzido para a 'linguagem' do tear. Décadas mais tarde, trabalhando para o governo americano no despertar da Guerra Fria, aquele menino inventaria algo capaz de transformar todas as áreas do pensamento humano e agarrar a ciência pela garganta, liberando o poder do cálculo ilimitado: o primeiro computador digital. O menino é o matemático John von Neumann, personagem central deste novo romance de Benjamín Labatut.