Cerca de 40% dos óbitos no Brasil ocorrem na fase pré-hospitalar e a mortalidade por trauma ocupa a terceira posição entre as causas de morte. Considerando esses dados, o atendimento médico aos pacientes vítimas de trauma é decisivo para reduzir a mortalidade e a ocorrência de sequelas em milhares de pacientes, em todo o Brasil. Para tanto, é necessário ter conhecimento de como agir com o paciente vítima de trauma, quais os principais instrumentos que podem ser utilizados, quais as lesões e sistemas mais atingidos no atendimento ao trauma e qual deve ser a abordagem do paciente traumatizado. A formatação do Manual APH foi feita pensando em fornecer a possibilidade de uma consulta mais rápida, quando necessária, acessando os fluxogramas, e um estudo mais aprofundado dos temas por meio da leitura dos capítulos na íntegra. Ele foi escrito em duas sessões: A primeira parte objetiva apresentar cenários de ocorrências e gerar questões de discussão, a fim de fortalecer os pontos principais do atendimento pré-hospitalar em situações de urgências e emergências clínicas e traumáticas. Por questão didática, os cenários são apresentados no início do capítulo e já trazem a avaliação primária e secundária do paciente. Após apresentação do cenário, os capítulos trazem os seguintes tópicos: pontos de discussão, diagnósticos diferenciais, objetivos de aprendizagem e pontos importantes, seguidos da solução do(s) cenário(s) apresentado(s) no início do capítulo. A segunda parte conta com a construção de fluxogramas de atendimento sobre as principais temáticas do pré-hospitalar, objetivando sistematizar os passos da avaliação primária e secundária, do manejo inicial, da condução e do transporte das vítimas até a chegada ao hospital de referência. Este manual é resultado do trabalho em equipe de 14 membros, com colaboração do Programa de Assistência Pré-Hospitalar (PAPH) do Ceará.