AHO (abreviação de "Amanhã Hoje é Ontem") é um achado. Nasceu de uma descoberta dura - a revelação de um câncer. Um texto gerado por uma situação limite: o confronto diário, olho no olho, com a perspectiva da morte. Confronto que se transforma, no calor da luta, em revelação. Poético sem ser piegas em momento algum e potente (escrito com a coragem do coração), AHO é um livro raro, desses que, depois de fechados, continuam abertos dentro de nós. Imagem de caco de vidro na areia da praia. Imagem de gato prestes a partir nos nossos braços. Imagem da caminhada lenta rumo ao mar, com a cabeça nua, despida de um chapéu difícil de tirar. Iluminuras impressas na nossa memória com extrema delicadeza pela jornalista - e poeta e filósofa e mãe - Daniella Zupo.