À grande revolução científica que teve início no século XVIII, que Shakespeare prenunciara dois séculos antes ao escrever no Rei Lear «E tomaremos a nosso cuidado explicar o mistério das coisas como se fossemos espiões de Deus», um domínio houve me que os homens permaneceram estranhamente ignorantes: o conhecimento deles próprios. Será preciso chegar ao fim do século XVIII para que «a ciência do homem» ganhe corpo e estatuto. É desta revolução que, que enriquece a consciência humana com disciplinas novas (a economia política, a geografia, a sociologia, a psicanálise, a antropologia cultural, a linguística, a educação, etc.) , que trata Uma História das Ciências Humanas. Obra notável de síntese, de erudições e, em simultâneo, de simplicidade de escrita, que a torna acessível a qualquer leitor de formação cultural média.