Romance explosivo, de enfrentamento existencial, escrito numa linguagem vertiginosa e seca, ao mesmo tempo lírica e cortante, AZUL E DURA, publicado pela primeira vez em 2002, foi a estreia literária de Beatriz Bracher e abriu as portas para a sua produção posterior, que inclui os premiados Antonio (romance, 2007) e Meu amor (contos, 2009). No centro dessa narrativa encontra-se Mariana, uma mulher de quarenta e dois anos, filha da alta burguesia paulistana e residindo no Rio, que distraidamente atropela e mata uma garota do seu bairro. Alguns anos depois, numa estação de esqui na Suíça, ela tenta entender, por meio de uma narrativa baseada em velhas anotações, o contexto do acidente e a crise moral que ele desencadeou, bem como o fim de seu casamento com um bem-sucedido advogado. Drama íntimo por excelência, Azul e dura é também a luta de uma mulher angustiada para romper com sua classe social, seus valores perversos e a hipocrisia que os sustenta. [...]