Qual é o papel da literatura num mundo em que a hegemonia financeira e a globalização ditam os rumos da cultura? Este é um dos questionamentos centrais deste ensaio, em que Benjamin Abdala Jr. problematiza as relações entre arte e engajamento. O autor analisa o sentido político das literaturas dos países de língua portuguesa e discute o poder da linguagem em rearticular o campo intelectual dessas nações. Para isso, ele considera o gesto histórico de seus escritores na construção de utopias. Sumário Apresentação: Os intelectuais e os caminhos da imaginação social: reflexões sobre o neo-realismo, hoje Ecologia CulturalHegemonia Financeira e Fluxos da GlobalizaçãoAgenciamentos Comunitários e Interações CulturaisA Administração da Diferença1. pressupostos, da teoria à prática: “Um conjunto dialético que envolve a antiga metrópole e suas ex-colônias” A Modernidade como Estratégia DiscursivaContextos para RupturasArticulações entre a Ideologia e a CulturaA Dialética Interno/ExternoConfigurações Hegemônicas Ideologia e Teoria da PráxisPráxis e CorrespondênciaIdeologia e Discurso2. arte engatada: “O escritor não pode alienar sua perspectiva criativa” Produtividade ArtísticaArte PoéticaIntertextoTexto e ExtratextoA Práxis PopularApropriação da Série Literária NacionalDesmascaramento IdeológicoA Perspectiva MilitanteRedução ArtísticaIntegração e Alteridade3. A escrita literária: “Tratava-se de estabelecer um novo poder de linguagem” ModernismosVanguarda Artística/Vanguarda IdeológicaBusca de RaízesGramaticalidadeSimilaridades de RegistrosRaízes Crioulas e Ênfase SocialVariações SociolingüísticasPróspero e CalibanVozes PlurívocasPoder de LinguagemPara Além do Controle LinguísticoConsciência Social da LinguagemOs Limites da GramaticalidadeO Discurso EducacionalLinguagem e Comunicação ..Padrões e RupturasSignificante e SignificadoRegistros da Linguagem Poética4. circuito comunicativo: “O escritor [...] acaba enredando-se nessas articulações do campo intelectual” Militância mais ExplícitaA Autonomia Relativa do EscritorExplicitação InformativaAbertura CulturalQuestão de FronteirasUma Literatura de Público AbrangenteImaginário PopularConsciência “Possível” e CrençaA Ambigüidade LiteráriaA Posição do EscritorO Espaço CríticoDesalienação5. Os ritmos do tempo: “Começou-se a conquistar no plano literário uma nova história” Uma Fazenda SelvagemBrasil, para EuropeusO Otimismo “Crítico”O Corte da ComunhãoOs Cravos de AbrilAs Linhas da VidaA Escrita Neo-realistaO Dominante TécnicoO Levantar da História SocialO Pulsar das PalavrasA Balada ColetivaO CoroO Chão MestiçoNos Ritmos AfricanosDas Raízes às Copas das ArvoresVozes em Expansãoem conclusão: “A situação de plenitude, a que o sujeito aspira, figura, na palavra escrita, como materialização de um debate mais amplo com a utopia” Bibliografia Citada