O presente trabalho, uma original e pioneira etnografia sobre as práticas e representações da “justiça terapêutica” no Tribunal de Justiça do RJ, ilustra de maneira muito clara as ambiguidades de nosso sistema de controle social institucionalizado na polícia e na justiça que, de certa maneira, desafia as concepções foucaultianas sobre o sistema de justiça ocidental. O trabalho aqui apresentado exemplifica, em etnografia esmerada, os avanços e retrocessos de uma política “terapêutica” em um contexto judicial essencialmente repressivo, juntando-se a várias outras pesquisas publicadas nesta Coleção de títulos, sob o auspício do INCT-InEAC.