Johann Baptist von Spix, zoólogo, e Carl Friedrich Philipp von Martius, botânico, mencionam em seus relatos coisas muito curiosas sobre o Brasil. O que levou dois aristocratas bávaros do começo do século XIX a se exporem a tais perigos, passar fome e sede, viajar a pé, no lombo de mulas, a cavalo ou em pequenas embarcações pelo interior de um Brasil ainda amplamente desconhecido? Não foi o gosto pela aventura, nem a procura por ouro ou pedras preciosas. Sua única motivação era a mesma do grande Alexander von Humboldt e tantos outros que vieram depois dele: puro comprometimento com o saber e com a ciência.