A Europa jamais existiu. Não é a adição de soberanias reunidas em conselhos que cria uma entidade. É preciso criar verdadeiramente a Europa, é preciso que esta se manifeste face a si própria e face à opinião americana e que ganhe confiança no seu próprio futuro", escreve J. Monnet, no documento enviado ao presidente do conselho, G. Bidault, a 28 de Abril de 1950. O autor destaca o quanto a unidade do "Velho Continente" depende da sua diversidade e quanto o seu futuro depende do seu passado. Como pode este espaço aberto dominar um ambiente cada vez mais complexo e em constante alteração? Como edificar uma arquitectura sólida num momento em que os objectos finais evoluem sem cessar? Depois de quarenta anos de transferência dos Estados em benefício do centro para fazer da Comunidade uma União Europeia, o que resta da soberania nacional?MARC NOUSCHI é professor efectivo de História. Lecciona no Institut d Études Politiques e é responsável por seminários no SUPELEC e no CELSA, Paris.