No início do século XX, um imigrante português, viúvo, loteia sua chácara nas proximidades da praça da Bandeira e faz construir casas, pensando em alugá-las para a renda futura destinada à solteirona Elzira, sua única filha. Eles moram, inicialmente, em uma das mais confortáveis casas (a Casa de Pedra, voltada para a rua) nos fundos da qual são construídas seis casas modestas, formando a Villa Elzira. Após a morte do pai, Elzira torna-se proprietária, deixando a Casa de Pedra e ocupando a primeira das pequenas casas da vila.Neste conjunto passam a morar famílias remediadas que convivem de modo pacífico, envolvidas, porém, por tensões comuns à vizinhança tão próxima. Adultos e crianças (pré-adolescentes) têm seu dia-a-dia agitado não só pelas relações familiares como também pelos acontecimentos sociais e políticos da época.No curso dos acontecimentos, vivenciam o bairro e a cidade. A Villa Elzira, a Casa de Pedra e seus moradores pertencem ao mundo ficcional. A própria vila ultrapassa as funções cenográficas para tornar-se, testemunha silenciosa dos fatos . A Villa Elzira estaria encravada próximo à praça da Bandeira, suposto portal do bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. As ruas do bairro e a cidade dos anos 40 são cenários reais para os dramas daquela gente.